O sonho de cursar psicologia me acompanhou por um tempo e por motivos pessoais ele foi adiado por alguns anos. Logo no segundo período de graduação comecei a estagiar na área da educação e não sai mais dela. Filha de professor universitário e sobrinha de três professores sonhava em ser professora, pois via nessa profissão uma maneira de influenciar as pessoas, enxergava no ensino uma forma de cuidar do outro e fazer diferença positivamente na vida do outro. Entrei no curso de psicologia com esse desejo: ser professora.
No inicio do segundo ano de faculdade fui convidada por uma professora muito querida para participar de um projeto sobre políticas públicas de educação. Era um blog que discutia políticas públicas de educação e saúde mental, e eu seria a responsável pela parte da educação: escrever postagens, realizar entrevistas e fazer pesquisas. E de repente me vi totalmente mergulhada nessa área. O contato próximo com um grande amigo cego me fez voltar as atenções para políticas públicas de inclusão, toda aquela vontade de fazer diferença na vida das pessoas se voltou para esse público. Desde então voltei meus estágios, iniciações científicas, pesquisas, projetos e práticas profissionais para essa área.
Em meu Mestrado tive o privilégio de ter um contato bem próximo com os professores que tinham contato direto com alunos com deficiência da rede pública da cidade onde eu morava e um contato muito bacana com pais de uma associação de pais de filhos com deficiência desta mesma cidade. E no final do meu primeiro ano de Mestrado nasceu a Cássia, minha prima, uma garotinha linda, sapeca, super simpática e com síndrome de down. Considero que tudo isso me deu uma boa bagagem para iniciar essa aventura de abrir uma empresa.
Ao terminar o Mestrado, senti uma angústia enorme de ter estudado tanto, lido tanto, pesquisado tanto, ouvido tantas demandas de pais e professores e sentia que eu podia fazer muito mais do que apenas estudar e pesquisar, senti o desejo de saber que eu estava fazendo diferença na vida de alguém na prática, e que estaria contribuindo pra um mundo que sonho que um dia exista, um mundo que não seja preciso falar em inclusão, pois falar em inclusão pressupõe a exclusão. Foi assim que nasceu a L2 Psicologia e Inclusão, uma empresa com a missão de proporcionar mudanças e transformações em nossa sociedade! Uma empresa que quer fazer diferença na vida da pessoa com deficiência, que sonha com um mundo melhor e encontrou uma maneira de contribuir e fazer nossa parte pra que o mundo melhore!
Fundar a L2 Psicologia e Inclusão faz parte da missão que tenho de devolver pra sociedade um pouco de tudo que estudei e ainda estudo. Colocar em prática esses conhecimentos e fazer diferença na sociedade na qual estou inserida. Sou psicóloga e mestre em psicologia com foco em educação inclusiva.
Lidia Lopes é Psicóloga, fundadora e diretora da empresa L2 – Psicologia e Inclusão. É mestre em psicologia, com foco em educação inclusiva, pela UFSJ – Universidade Federal de São João del-Rei. Trabalha com políticas públicas de educação, desde 2010. É autora de textos científicos publicados sobre o tema, em livros, revistas e congressos especializados.
Atua no campo da educação inclusiva na orientação de projetos, ministração de palestras, realização de pesquisas e organização de eventos relacionados à área. É consultora no campo da inclusão junto à associações de pais, escolas e outras instituições educacionais.
Hoje venho aqui pra dividir um passo muito importante da minha vida. Vou contar desde o começo da história, pra fazer mais sentido pra vocês do que significa isso pra mim. Pra quem não sabe, desde o segundo período de faculdade eu me envolvi com a área da psicologia educacional/escolar, e desde 2010 (terceiro período da faculdade) pesquiso/trabalho com políticas públicas de educação inclusiva. E desde então voltei meus estágios, iniciações científicas, Mestrado e práticas profissionais para essa área.
Até novembro de 2015 eu tinha plena certeza que seguiria direto do Mestrado para o Doutorado, mas os últimos meses do meu mestrado me fizeram mudar totalmente de ideia. E de repente vim parar numa cidade que nunca pensei em morar na vida, sem conhecer nada nem ninguém e com a angústia e tristeza de ter levado vários “nãos” na cara tentando alguma vaga de trabalho nessa cidade. Minha tristeza maior era saber que eu tinha estudado tanto, tinha lido tanto, tinha me esforçado tanto e aquilo não estava servindo pra nada, eu não estava fazendo diferença na vida de ninguém, não estava contribuindo em nada pra um mundo que sonho que um dia exista, um mundo que não seja preciso falar em inclusão, pois falar em inclusão pressupõe a exclusão. Foi aí que retornou à mente uma ideia que eu e Mateus tínhamos tido no ano passado mas que não foi nem pensado como possibilidade pra um futuro próximo pois a ideia do doutorado parecia tão certa que não dava espaço para outros planos, mas é como a bíblia diz né? o coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa não vem de nós, mas de Deus. A ideia era abrir uma empresa, uma empresa que desse suporte a pais, professores, escolas ou à qualquer pessoa que estivesse no mundo da inclusão. Uma empresa que pudesse sanar demandas relacionadas a inclusão escolar, demandas que percebi na minha vivência nas escolas, em contato com professores e no contato com os pais de uma associação de pais de filhos com deficiência que trabalhei em SJDR.
Há sete meses atrás então decidi que de alguma forma eu queria fazer algo pela inclusão das pessoas com deficiência, algo mais direto, algo mais incisivo. Entendi que eu tinha uma missão como cristã e como psicóloga. Decidimos então trabalhar pra que essa empresa nascesse, digo decidimos porque Mateus está nessa comigo, ele é meu sócio e grande incentivador desse projeto. Decidi usar toda carga que adquiri até então pra realmente fazer diferença na vida dessas pessoas. Foram 7 meses de muito trabalho, muito estudo, pesquisas, cursos, trabalhando todos os dias da semana, inclusive finais de semana, chegamos a trabalhar de 16 horas por dia pra que cada detalhe acontecesse. Durante esses 7 meses percebi que eu não tinha ideia do quão trabalhoso é montar uma empresa, mas caminhei firme, pois o meu desejo é de um dia dizer que tudo isso valeu a pena. Trabalhamos muito, discutimos, trocamos ideias e informações com muita gente e agora ela já tem carinha de empresa, rs.
E é com um orgulho enorme que hoje venho apresentar pra vcs a L2 Psicologia e Inclusão, uma empresa com Esse é o nosso site, www.l2psicologia.com.br, pra quem quiser conhecer/entender um pouco mais do nosso trabalho.
Inconformada com o preconceito e com uma educação não inclusiva tenta todos os dias fazer algo para que isso seja diferente. Mais que um valor moral, tornou isso sua profissão. Apaixonada por educação e inclusão. Sonha em viajar o mundo e num mundo que não seja mais preciso falar em inclusão, pois a inclusão pressupõe a exclusão.